sexta-feira, 26 de julho de 2013

Canivete Suíço em Bordeaux

Já quase nos últimos minutinhos do prazo pra postar mais uma boa lembrança minha do mundo dos vinhos em um concurso cultural de um e-commerce, chego à conclusão de que a melhor coisa deste concurso é a possibilidade de ler relatos tão interessantes e ainda resgatar minhas próprias lembranças que acabam ficando esquecidas entre uma taça e outra do dia a dia.
 
por Márcio Kill

Bom, vamos lá: entre 1996 e 1997 morei na Alemanha e tive a (maravilhosa) oportunidade de conhecer Bordeaux, na França, viajando de trem, com a mochila nas costas e levando uma cópia de canivete Suíço (igual ao do MacGyver), comprado em algum camelô em Sant Pauli, perto do porto de Hamburgo. Chegando a Bordeaux, a primeira coisa que fiz após encontrar um hotel baratinho, foi comprar uma garrafa de vinho local.

Ao me ver chegar com a garrafa, o recepcionista (que só falava francês) prontamente me ofereceu um saca-rolha e eu, do alto de minha "arrogância de mochileiro", recusei, mostrando meu todo poderoso canivete já com a espiral metálica pronta para uso.

Acontece que meu canivete era uma cópia pirata Xing Ling e na hora de sacar a rolha, a lâmina espiral rompeu e se prendeu na cortiça! Bom, não precisa muita criatividade para imaginar minha cara de coitadinho quando tive que descer as escadas com a garrafa de Bordeaux na mão e pedir ao recepcionista o saca-rolha tão gentilmente oferecido minutos antes…

Mesmo tendo nosso diálogo limitado a “oui” e “merci” e boas risadas, dividi com ele uma taça do orgulho líquido da França em um brinde de grande significado para diplomacia Franco-Brasileira e uma boa lição de humildade para mim. Por fim, fica aqui uma dica: se algum recepcionista francês te oferecer um saca-rolha, pelo sim, pelo não, aceite!
 
À votre santé!!!

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