Já
quase nos últimos minutinhos do prazo pra postar mais uma boa lembrança minha
do mundo dos vinhos em um concurso cultural de um e-commerce, chego à conclusão de que a melhor coisa deste
concurso é a possibilidade de ler relatos tão interessantes e ainda resgatar
minhas próprias lembranças que acabam ficando esquecidas entre uma taça e outra
do dia a dia.
por Márcio Kill
Bom,
vamos lá: entre 1996 e 1997 morei na Alemanha e tive a (maravilhosa)
oportunidade de conhecer Bordeaux, na França, viajando de trem, com a mochila nas
costas e levando uma cópia de canivete Suíço (igual ao do MacGyver), comprado
em algum camelô em Sant Pauli, perto do porto de Hamburgo. Chegando a Bordeaux, a primeira coisa
que fiz após encontrar um hotel baratinho, foi comprar uma garrafa de vinho
local.
Ao me ver
chegar com a garrafa, o recepcionista (que só falava francês) prontamente me
ofereceu um saca-rolha e eu, do alto de minha "arrogância de mochileiro",
recusei, mostrando meu todo poderoso canivete já com a espiral metálica pronta
para uso.
Acontece
que meu canivete era uma cópia pirata Xing Ling e na hora de sacar a rolha, a
lâmina espiral rompeu e se prendeu na cortiça! Bom, não precisa muita
criatividade para imaginar minha cara de coitadinho quando tive que descer as
escadas com a garrafa de Bordeaux na mão e pedir ao recepcionista o saca-rolha
tão gentilmente oferecido minutos antes…
Mesmo
tendo nosso diálogo limitado a “oui”
e “merci” e boas risadas, dividi com ele uma taça do
orgulho líquido da França em um brinde de grande significado para diplomacia
Franco-Brasileira e uma boa lição de humildade para mim. Por fim, fica aqui uma
dica: se algum recepcionista francês te oferecer um saca-rolha, pelo sim, pelo
não, aceite!
À votre santé!!!
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